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Setembro Amarelo: Palestra alerta para o uso indiscriminado das novas tecnologias digitais

Belém, 26/09/2023

O uso constante do celular no dia a dia pode parecer inofensivo, mas as consequências são muito sérias em todas as áreas da vida humana. Para esclarecer dúvidas e promover o debate saudável sobre o tema, o Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA) ofereceu na segunda-feira, 25, a palestra “Dependências tecnológicas: novas doenças da atualidade?”, realizada no Auditório Ministro Elmiro Nogueira, pelo psicólogo Cristiano Nabuco.

A palestra marcou a culminância da Campanha Setembro Amarelo, organizada pela Coordenadoria de Saúde e Qualidade de Vida (CSQ), da Secretaria de Gestão de Pessoas (SEGP). Em 2023, a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio teve como tema “Conecte-se com o que faz bem”, chamando a atenção de membros e servidores da Corte de Contas para o uso consciente e inteligente das novas tecnologias.

Na abertura da palestra, a Conselheira Presidente do TCE-PA, Rosa Egídia Crispino C. Lopes, ressaltou que a Campanha Setembro Amarelo representa um convite para refletir sobre como podemos valorizar e cuidar de nós mesmos em um mundo cada vez mais digitalizado. “Vivemos em uma era em que a tecnologia molda as nossas interações, o nosso trabalho e até mesmo a nossa forma de enxergar o mundo. Embora essa conexão seja positiva em muitos aspectos, também enfrentamos o dilema de equilibrá-la com a nossa saúde mental e emocional”, disse a Conselheira Rosa Egídia.

A Conselheira Lourdes Lima também prestigiou a palestra da campanha.

Palestra - Com 37 anos de experiência clínica, o psicólogo Cristiano Nabuco iniciou a palestra fazendo um breve relato da trajetória evolutiva do homem na Terra e a revolução ocasionada com o surgimento das novas tecnologias digitais na sociedade atual. Para o psicólogo, “o surgimento da internet pode ser comparado à descoberta do fogo na Pré-História”, reforçou o psicólogo, considerando os impactos advindos com a presença da rede mundial dos computadores em nosso cotidiano.

“Nos próximos anos, três em cada quatro pessoas estarão conectadas à internet. Hoje, seis em cada dez pessoas têm acesso ao celular. No final deste século será algo comum viver entre 90 e 100 anos”, descreveu a realidade a ser experimentada Cristiano Nabuco.

Para o especialista, há muitos efeitos colaterais com o deslumbramento vivenciado pelas pessoas com as novas tecnologias, principalmente as novas gerações, o que serve de alerta para todos. “Há pessoas que passam 9h30 em frente às telas por dia, o equivalente a 142 dias por ano ou quase cinco meses. É muita vida não vivida e os efeitos na vida pessoal são vários, incluindo na saúde física e mental”, detalhou.

Segundo Nabuco, trinta minutos de exposição à tela do celular antes de dormir reduz em 20% a produção da melatonina, principal hormônio que induz ao sono durante à noite, o que afeta de modo nocivo o ciclo cardiano de quem dorme de forma inadequada. O sono não reparador afeta a formação da memória a longo prazo e pode ocasionar problemas musculoesqueléticos. O uso indiscriminado de celular estaria relacionado à maior incidência de casos de aborto em mulheres grávidas, bem como a episódios de câncer na cabeça, porém, ainda são necessários mais estudos para conclusões consolidadas sobre o assunto.

A utilização excessiva das novas tecnologias, considerando os games virtuais pelas crianças e adolescentes, pode afetar consideravelmente o aprendizado e a capacidade de leitura e compreensão de textos. Mesmo que promovam a integração e a interação de modo instantâneo, as redes sociais também podem trazer riscos aos seus usuários, sendo mais adequada a cautela para se evitar situações vexatórias de cunho sexual com o uso indevido de fotos postadas nos perfis para livre acesso, o aliciamento criminoso em bate-papos e a disseminação de fake news.

A permanente conectividade virtual não evita a solidão e muito menos a depressão por não se alcançarem os padrões de comportamento apresentados nas mídias sociais. “A saúde mental ainda é considerada um assunto tabu, mas não podemos fingir que nada está acontecendo. Não podemos nos refugiar nas telas. É importante se sentir bem ainda que diante de situações difíceis. Vale sempre procurar ajuda quando necessário”, recomendou o psicólogo Cristiano Nabuco.

A realização da palestra “Dependências tecnológicas: novas doenças da atualidade?” foi bastante elogiada pelos participantes, que reconheceram a riqueza das informações transmitidas e a experiência do ministrante, considerado uma das maiores autoridades no Brasil sobre os impactos dos vícios digitais na saúde física e mental.

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