Em uma solenidade marcada pela emoção, ainda mais porque pegou a todos de surpresa, o Conselheiro Lauro de Belém Sabbá foi homenageado terça-feira, dia 01/09/2009, pelo plenário do TCE/PA. Quando todos aguardavam que o Conselheiro apresentasse somente na próxima quinta-feira o seu pedido de aposentadoria, ele se antecipou, anunciando que a partir daquele momento estaria se deixando a atividade no Tribunal de Contas, devido à compulsória.
No seu discurso de despedida, o Cons. Lauro Sabbá iniciou citando Fernando Pessoa: “às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido”, dizendo que o seu discurso não seria apenas de despedida, mas de agradecimento e prestação de contas ao estado e à família. Depois o ilustre Conselheiro discorreu sobre sua vida funcional de 26 anos no Tribunal de Contas, onde foi empossado em 02 de fevereiro de 1983, sendo eleito três vezes Presidente. Citou as conquistas pelas quais lutou em benefício do órgão e dos servidores, ressaltou que sempre buscou o bem de todos e a harmonia entre os servidores e os Conselheiros.
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O Conselheiro Lauro Sabbá agradeceu a Conselheira Presidente, por sua intenção de homenageá-lo, afirmando que durante todo o tempo em que com ela conviveu no TCE foi sempre homenageado, acrescentando que ela merecia o lugar que era de Lucival Barbalho, porque tem as mesmas qualidades do grande amigo que partiu; e citou uma frase do saudoso Conselheiro: “Lauro, nunca devemos fazer mal a ninguém, e se fores tentado a fazê-lo, pergunta a ti mesmo o que ganharás com isso.”
Antes, Lauro Sabbá havia já agradecido ao ex-governador Alacid Nunes por tê-lo indicado à vaga de Conselheiro no TCE. Encerrando o seu discurso, sob visível emoção, o Conselheiro Lauro Sabbá citou versos da canção "Emoções" de Roberto Carlos; "se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi", sendo aplaudido de forma efusiva pelos presentes.
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Como não havia qualquer homenagem prevista para aquele momento, a Presidente, após ouvir o discurso do Conselheiro Lauro, concedeu a palavra aos Conselheiros. O primeiro a se manifestar foi o Conselheiro Nelson Chaves, depois falaram os Conselheiros Cipriano Sabino, Ivan Barbosa da Cunha, o auditor Edilson Oliveira e Silva, os Conselheiros aposentados Erlindo Braga e Elias Naif; pelo Ministério Público de Contas, manifestaram-se as procuradores Maria Helena Borges Loureiro e Iracema Teixeira Braga. A servidora Márcia Cristina Cunha Rosa foi a última a se manifestar, por uma concessão da presidência, em respeito ao sentimento gerado em todos pelo inesperado anúncio da aposentadoria do cons. Lauro Sabbá.
Todos os que se manifestaram foram unânimes em destacar a dedicação por quase 50 anos à causa pública do Cons. Lauro Sabbá, o seu caráter conciliador, ressaltando que as divergências que ele mantinha eram sempre de natureza intelectual, em respeito ao debate democrático e ao contraditório.
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Por último, a Presidente da Corte de Contas, Conselheira Lourdes Lima, manifestou-se dizendo que realmente foi uma surpresa o anúncio da aposentadoria de Lauro Sabbá, porém respeitava; agradeceu também as palavras elogiosas que dele ouviu. Em seguida, reconheceu a trajetória marcante de vida pública do Conselheiro, tendo iniciado como vereador, sendo eleito deputado estadual, e, na condição de Presidente da Assembléia Legislativa, assumiu várias vezes interinamente o cargo de governador. Lembrou também sua religiosidade, de seu amor à família, esposa, filhos e netos. Por fim, a Presidente reafirmou seu profundo respeito à pessoa do Conselheiro Lauro Sabbá, concluindo seu discurso com a frase: “o rosto pode ficar enrugado, e ficará. Mas a mente, não. E se quisermos permanecer jovens, basta deixarmos nos guiar pela imaginação e pela emoção, rogando que Deus cubra de bênçãos, felicidade e saúde o ilustre Conselheiro nessa nova caminhada, e que seus sonhos continuem sendo realizados, parabenizando antecipadamente pelo seu aniversário, no próximo dia 08 de setembro".
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