Tribunais se unem para comemorar a 20ª Semana de Museus

Nesta semana, todos os Tribunais vinculados ao Estado do Pará se unirão em prol de uma boa causa: a memória do Judiciário. A partir desta terça-feira, 17, os Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA) e os Tribunais de Justiça do Estado do Pará (TJPA), Regional do Trabalho da Oitava Região (TRT-8) e Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) realizarão a programação da 20ª Semana de Museus e da  emória do Judiciário Paraense. As atividades seguem até o dia 20 de maio, com um dia de programação voltada para cada Tribunal. A abertura oficial ocorreu nesta terça-feira, no TRE-PA, com a presença das autoridades dos órgãos participantes.

Durante a mesa de abertura, houve uma breve apresentação sobre a importância dos espaços de memória do Judiciário, além do lançamento do Centro de Memória Virtual da Justiça Eleitoral do Pará. No Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará, foi aberta a exposição institucional “Novos Olhares Sobre as Eleições no Pará” e a apresentação musical de sax com Jurah Cerqueira. 

Na quarta-feira, 18, a partir das 9h, no TRT-8, haverá a palestra “O poder dos Museus - Fonte de Pesquisa como Aprendizado do Futuro”, voltada para adolescentes. Também haverá um bate-papo com a Curadoria do Memorial do TRT-8, além de apresentação de dança da Companhia Cynthia Charone.

A programação no TJPA será na quinta-feira, 19, das 9h às 11h30, na Biblioteca Des. Antônio Koury, no edifício-sede do Poder Judiciário do Estado. O público-alvo são os alunos da Escola Santana do Aurá. A temática utilizada pelo Museu Judiciário do TJPA, a “Magia do Museu Judiciário”, busca explorar a emoção, o sonho e o lúdico, enaltecendo as histórias do Museu Judiciário e do próprio TJPA ao público-alvo, que são crianças de seis a oito anos (faixa etária dos alunos da Escola Santana do Aurá).

Nesse dia, ocorrerá uma roda de conversa com as crianças para ilustrar as funções de um magistrado do Poder Judiciário, além de ações interativas sobre as vestimentas de juízes(as) e desembargadores(as). Em seguida, haverá a apresentação do teatro de fantoches “A dona Onça e a Justiça”, uma adaptação de um conto desenvolvido por Lúcio Lenis, originário de Leopoldina, em Minas Gerais.

A atividade “Uma doce lembrança da história de Agnano Monteiro Lopes” também trará histórias sobre parte da trajetória do primeiro desembargador negro a presidir um Tribunal de Justiça no Brasil – o desembargador Agnano de Moura Monteiro Lopes, que esteve à frente do TJPA no biênio 1979-1981. Há um viés romântico na atividade, com a história sendo contada com uma livre inspiração na obra “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare. Por fim, durante a programação do TJPA, haverá uma breve visita ao edifício-sede do TJPA, para que as crianças conheçam as dependências do prédio. 

A programação encerra na sexta-feira, 20, a partir das 10h, no TCE-PA, com a exibição do vídeo institucional “Serzedello: um vulto da República”, que narra um pouco da história de vida de Serzedello Corrêa, paraense que, quando ministro da Fazenda no governo do presidente Floriano Peixoto, foi responsável pela efetiva implantação do Tribunal de Contas da União (TCU). Haverá ainda visitação guiada, voltada para autoridades e estudantes do ensino superior, no Espaço Cultural do acervo histórico da vida e dos feitos de Serzedello Corrêa.

O TCE-PA mantém um Museu e Memorial que contam a história de Serzedello com acervo constituído por documentos arquivísticos, bibliográficos e museológicos que estão disponíveis também para consulta. Devido a sua importância e representatividade, o atual prédio da Corte de Contas do Pará foi denominado de Palácio Serzedello Corrêa.

Biografia - Nascido em 16 de junho de 1858, em Belém, Serzedello Corrêa estudou Ciências Físicas e Matemática no Seminário do Carmo. No governo de Floriano Peixoto, foi ministro em diversas pastas, deputado federal, comandou o estado do Paraná e foi prefeito do então Distrito Federal, nomeado pelo presidente Nilo Peçanha.

Rui Barbosa criou o Tribunal de Contas, mas foi Serzedello Corrêa que o instituiu, dando-lhe corpo e alma, e o fez funcionar. Lutou por uma Corte de Contas exemplar e uma instituição moralizadora dos gastos públicos.

Ele faleceu em 5 de junho de 1932, no Rio de Janeiro e, entre os ensinamentos que deixou de legado, está a reflexão de que “é pelo estudo do passado, que se tiram ilações úteis para o presente e para o futuro”.

Texto: Ascom TCE-PA, com informações da Ascom TJPA

Foto: Rodrigo Lima/ Ascom TCE-PA